sábado, 3 de janeiro de 2009

Hipopótamo


É um artiodátilo anfíbio, próprio da África, de pele muito grossa e nua, patas e cauda curtas, cabeça muito grande e truncada num focinho largo e arredondado.
Estes animais vivem geralmente próximo de
rios, onde passam grande parte do seu tempo imersos. Os hipopótamos são herbívoros e alimentam-se durante a noite da vegetação existente nas margens dos rios que habitam, mas há indícios de canibalismo de machos adultos com filhotes.
Os hipopótamos são preguiçosos em terra, mas ainda podem atingir
velocidades de 50 km/h. Na água, eles são graciosos e mostram diversas adaptações em sua existência, na maior parte aquática, inclusive orelhas e narinas que podem se fechar e uma secreção da pele que funciona como protetor solar, anti-séptico e anti-bacteriano. A pele dos hipopótamos é muito sensível a queimaduras solares e, para se proteger, segrega uma substância de cor vermelha que ao longe pode ser confundida com sangue.
Os hipopótamos são animais grandes, com uma
dentição herbívora, mas têm caninos grandes e auto afiáveis que são usados para se defender.

Extremamente territoriais, os hipopótamos são animais agressivos que defendem o seu espaço de possíveis invasores. Eles são agressivos com os seres humanos e são a espécie de mamífero africana que mata mais seres humanos a cada ano.
Vivem em grupos gregários até cerca de vinte animais, constituídos pelas
fêmeas e crias e liderados por um macho.
Eles defecam e espalham suas fezes com o rabo com o objetivo de demarcar território.

terça-feira, 4 de novembro de 2008


A baleia-azul (Balaenoptera musculus) é um mamífero marinho. Como outras baleias, as baleias azuis usam lâminas córneas na sua cavidade bucal para filtrar seu alimento (krill) da água do mar, alimentando-se também de pequenos peixes e lulas. A baleia-azul é o maior animal já vivo, podendo chegar a ter 33 metros de comprimento e mais de 180 toneladas de peso.
A baleia-azul possui uma pequena aleta (abertura) que é visível apenas num curto período, quando a baleia mergulha. Tal aleta pode produzir jatos de água de até nove metros altura. O seu pulmão pode conter aproximadamente cinco mil litros de ar.
É também o animal mais ruidoso do mundo. Emitem sons de baixa frequência que atingem os 188 decibéis — mais fortes que o som de um avião a jacto — que podem ser ouvidos a mais de 800 quilómetros de distância.

A baleia-azul é provavelmente o maior animal que já existiu na face da Terra. A maior criatura conhecida da era dos dinossauros era o seismossauro da era Mesozóica, com um peso superior a 100 toneladas e comprimento estimado de 40 metros, embora alguns cientistas afirmem que poderiam chegar a 52 metros de comprimento. Há incertezas sobre a maior baleia-azul já capturada. A maioria das informações vem de baleias-azuis mortas em águas antárticas durante a primeira metade do século XX, coletadas por baleeiros não instruídos em técnicas de coleta zoológica. As baleias mais longas já registradas foram duas fêmeas com 33,6 e 33,3 metros de comprimento, respectivamente, porém existem algumas disputas sobre a confiabilidade destas informações. A maior baleia medida por cientistas no Laboratório Americano de Pesquisas de Mamíferos Marinhos media 29,9 metros, o mesmo comprimento de um avião Boeing 737.
A cabeça de uma baleia-azul é tão grande que cinqüenta pessoas poderiam apoiar-se em sua língua. Um bebê (humano) poderia engatinhar através das principais artérias da baleia-azul e um humano adulto poderia até se arrastar pela sua aorta. Uma baleia-azul recém-nascida pesa mais que um elefante adulto e tem cerca de 7,6 metros de comprimento. Durante os seus primeiros sete meses de vida, bebês de baleia-azul tomam cerca de 380 litros de leite todo dia. Bebês de baleias-azuis ganham peso rapidamente, 91 kg a cada 24 horas. O orgão reprodutor do macho (o pênis), chega a medir 3 metros de comprimento.
Apesar de serem mamíferos, as baleias não amamentam seus filhotes pelas tetas. O leite da baleia é tão gorduroso que ela o solta na água, de onde o filhote o suga, já que água e gordura não se misturam.
Baleias azuis são difíceis de se pesar dado o seu imenso tamanho. A maioria das baleias azuis morta por baleeiros não têm o seu peso tomado como um todo, mas sim, corta-se a baleia em peças menores, que podem ser pesadas mais facilmente. Isto causa um erro na tomada do peso total da baleia, devido à perda de sangue e outros fluidos. De qualquer maneira, tomadas entre 160 a 190 toneladas foram registadas para espécimes com mais de 27 metros de comprimento. O peso de um indivíduo de trinta metros de comprimento é estimado em torno de duzentas toneladas. A mais pesada baleia-azul já pesada é uma fêmea que pesava quase 390 toneladas.

Tucano de bico preto


O tucano-de-bico-preto ou tucano-de peito-amarelo (Ramphastos vitellinus) é uma ave da ordem Piciformes, da família Ramphastidae.
Seu habitat são as florestas tropicais e pode ser encontrado em toda faixa litorânea que vai do Pará e Santa Catarina.Em Santa Catarina é encontrado até o extremo sul do estado. Sua cor geral é preta, com a garganta e peito de cor amarelo gema de ovo e distingue-se dos demais tucanos, por possuir bico negro, mas na base apresenta uma zona amarela pálida. Pode medir cerca de 45 cm, tendo 12 cm de bico e seus dedos são providos de unhas longas e curvas, as asas são curtas e a língua comprida e fina.
A fêmea pode colocar 2 a 4 ovos e a incubação dura cerca de 18 dias. Sua alimentação baseia-se em pequenos animais e frutas.
Apesar do tamanho, seu bico é extremamente leve. Seu vôo não é longo e é feito em linha sinuosa. Gosta de banhar-se na folhagem molhada pela chuva. Para dormir eleva a cauda, com ela cobrindo a cabeça, a qual é mantida virada para as costas, mantendo o bico oculto. Vive em bandos de quatro a dez indivíduos. Seu ninho é feito em ocos de árvores. É freqüentemente vítima de sua própria curiosidade, sendo facilmente atraído com assobios pelos traficantes de animais.
A preservação desta espécie é o maior interesse, pois estão entre os mais peculiares elementos da avifauna de nosso país. O Ramphastus vitellinus pintoi é considerado extinto no estado de São Paulo.

Tartaruga gigante


O termo tartaruga-gigante é a designação comum a diversas tartarugas terrestres, de grande porte, da família dos testudinídeos.
As tartarugas-gigante que existem hoje em dia são características de habitats insulares da região tropical. O registo fóssil, no entanto, mostra que já foram comuns nos continentes, em particular na Ásia. As tartarugas-gigente têm dimensões variáveis, de espécie para espécie. As maiores atingem 300 kg de peso e 1.3 metros de comprimento.
A maior população de tartarugas-gigante encontra-se no atol de Aldabra, no oceano Índico, com cerca de 100.000 exemplares de tartaruga-gigante-de-aldabra (Geochelone gigantea).
Devido à sua incidência em habitats insulares, as tartarugas-gigante são muito sensíveis a pressões ecológicas. A tartaruga-gigante-das-seychelles, por exemplo, está extinta na Natureza.

Urso polar


O urso-polar (Ursus maritimus), também conhecido como urso-branco, é um mamífero membro da família dos Ursídeos, típico e nativo da região do Ártico e atualmente um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos. Dentre todos os ursos, este é o que mais se alimenta de carne.
Fáceis de tratar, são um dos animais mais populares nos jardins zoológicos. O rei Ptolomeu II do Egito (285-246 a.C.) tinha um exemplar em seu zoológico, em Alexandria. O primeiro zoológico americano, inaugurado na Filadélfia em 1859 tinha um urso-polar como uma de suas atrações.
Esta espécie concentra-se junto à costa uma vez que depende das águas para encontrar as suas presas. Os ursos-polares são excelentes nadadores e podem percorrer até 80 km sem descanso. Alguns animais migram desta forma do Norte para o Sul seguindo as margens das geleiras mas podem deslocar-se também por terra firme. O urso-polar é um animal de hábitos diurnos e caráter solitário, que não forma outros laços familiares que não entre fêmeas e suas crias.
Os machos adultos, como todos os outros ursos, podem atacar e matar filhotes. As fêmeas os defendem mesmo um macho medindo em média o dobro de seu tamanho. Aos seis meses de idade, um filhote é capaz de fugir correndo de um adulto.
Os territórios, muitas vezes enormes, não são defendidos. Apesar de não serem sociais, os ursos são capazes, contudo, de dividir uma carcaça de baleia sem maiores conflitos.
Devido à abundância de comida mesmo durante o inverno, o urso-polar não hiberna no sentido estrito da palavra. Ele entra em um estado de dormência, no qual sua temperatura corpórea não cai, passando a subsistir de suas reservas de gordura corporal.
Os ursos-polares são animais muito preocupados com a própria higiene. Após cada refeição, eles dedicam cerca de 15 minutos para eliminar a sujeira. Para se limpar eles usam as patas, a língua, água ou neve. Isto se deve ao fato de que a sujeira interfere com a capacidade de isolamento térmico da pelagem.

Os ursos-polares acasalam entre os meses de março e junho, com implantação diferida dos óvulos fecundados, de modo que o período de gestação se torna muito longo, entre 200 a 265 dias, variando de acordo com as condições ambientais.
As crias nascem entre novembro e janeiro, no abrigo invernal construído pela fêmea, e não se separam da mãe até completarem dois anos de idade. Nascem cegas e pesando muito pouco em relação ao peso adulto, sendo um dos filhotes menos desenvolvidos dos mamíferos eutérios.
As fêmeas têm quatro mamas funcionais ao passo que as outras ursas apresentam seis. Podem gerar até quatro filhotes por gestação, ainda que a média seja de duas crias.
As fêmeas estão aptas à reprodução uma vez a cada três anos, sendo um dos mamíferos com menor capacidade reprodutiva. É esperado que a ursa-polar tenha apenas cinco ninhadas em sua vida.
Atingem a maturidade sexual entre os 4 e 6 anos e em condições naturais, vivem em média de 15 a 18 anos. Alguns animais selvagens marcados tinham um pouco mais de 30 anos. Um espécime do zôo de Londres morreu aos 41 anos.

Pantera


Pantera é um género de felinos que inclui animais bem conhecidos como o leão, o tigre, a onça e o leopardo. O género distingue-se dos outros membros da sub-família Pantherinae pela capacidade de rugir graças a uma modificação no osso hióide.
A espécie mais antiga do género Panthera identificada até o momento é o jaguar europeu (Panthera gombaszoegensis), que viveu há cerca de 1.5 milhões de anos nas actuais Itália e Alemanha. A primeira espécie africana é a Panthera leo fossilis, uma espécie de leão com características de tigre, que habitou a África de Leste há 500,000 anos. Há 350,000 anos viveu na China a espécie Panthera youngi que é o antepassado directo do leão das cavernas. Esta espécie, característica da Europa e Ásia, migrou para a América do Norte, via estreito de Bering, há cerca de 35,000 anos e deu origem, por sua vez, ao leão americano, o maior felino de todos os tempos.
Popularmente são chamadas de panteras três tipos de felinos: a pantera africana ou leopardo, a pantera americana ou onça e a pantera negra que na verdade pertence à mesma espécie do leopardo. Leões e tigres também estão incluídos no gênero mas são raramente chamados de panteras, por outro lado animais não pertencentes ao gênero como a "pantera" nebulosa e o "leopardo" das neves e até mesmo os guepardos são muitas vezes chamados erroneamente de panteras.

Panda gigante


O panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) é um mamífero da família dos ursídeos, endêmico da República Popular da China. O focinho curto lembrando um peluche, a pelagem preta e branca característica e o jeito pacífico e bonachão o tornam um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando extremamente irritado. Da xiong mao, o nome em chinês para o panda, significa grande urso-gato. Pode ser chamado também de huaxiong (urso de faixa), maoxiong (urso felino) ou xiongmao (gato ursino). Registros históricos de 3000 anos ("O Livro de História e o Livro de Canções", a coleção mais antiga da poesia chinesa), o mencionam sob o nome de pi e pixiu. O nome em latim Ailuropoda melanoleuca quer dizer pé de gato preto e branco. A palavra panda significa algo parecido com "comedor de bambu".

Apesar de pertencer à ordem dos Carnívoros, o panda é um animal herbívoro, alimentando-se quase que exclusivamente de cerca de 30 espécies de bambu (99% de sua dieta). Sabe-se que o panda também utiliza insectos e ovos como fonte de proteína. É possível predar também roedores e filhotes de cervos-almiscarados. Seu sistema digestivo não é plenamente adaptado a quebrar as moléculas de celulose, contidas no bambu. Isto leva ao panda consumir cerca de 40 kg de bambu por até 14 horas. Seus dentes e mandíbulas são extremamente fortes, adaptados para triturar os colmos do bambu.
Ainda que o bambu seja rico em água (40% de seu peso, chegando a 90% no caso de brotos), o panda bebe frequentemente água de riachos ou neve derretida.
Em cativeiro sua dieta consiste em bambu, cana-de-açúcar, mingau de arroz, biscoito especial rico em fibras, cenoura, maçã e batata-doce.

A época de reprodução dá-se na Primavera, quando os machos competem pela fêmea fértil. A gestação é em média de 135 dias. Normalmente nascem um ou dois filhotes. Devido à natureza frágil e delicada dos ursinhos, a mãe-panda opta por criar um único filhote. O filhote rejeitado é abandonado à morte. O desmame dá-se com um ano de idade, mas o panda já é capaz de ingerir o bambu em pequenas quantidades desde os seis meses. O intervalo entre as ninhadas é de dois anos ou mais.
Somente 10% dos pandas em cativeiro conseguem cruzar naturalmente. Apenas 30% das fêmeas engravidam. Mais de 60% dos pandas cativos não demonstram qualquer desejo sexual.
A expectativa de vida de um panda é de 12 anos. Em 2005, Basi, uma ursa panda chinesa, comemorou 25 anos de idade, que se comparam a 100 anos humanos. No mesmo ano, o panda criado em cativeiro mais velho do mundo, uma fêmea chamada Meimei, morreu aos 36, equivalentes a 108 anos humanos, no jardim zoológico da cidade de Guilin.